Ao longo do Lago Atitlán existem várias povoações, todas elas diferentes. Todas merecem uma visita, cada uma tem algo de muito especial. Este Lago Atitlán é algo realmente muito, muito bom!
Santa Cruz da Laguna
A pequena povoação de Santa Cruz encontra-se na encosta da costa norte. Por lá, pode-se passear entre a comunidade local como se fosse um local. Não é fácil caminhar até lá, por isso apanhe um tuk-tuk (10 quetzals). Junto ao lago apenas existem casas privadas, pequenos hotéis e um hostel. O hostel La Iguana Perdida vale a pena a visitar por ser o local com mais animação nocturna nestas redondezas e para além disso, é o local onde poderá realizar cursos de mergulho a preços convidativos.
A uns minutos de Santa Cruz, há outra paragem obrigatória, o eco-hotel Isla Verde. Um Eco-hotel com cerca de 10 bungalows numa encosta bem inclinada com uma vista invejável sobre o lago. Tem uma cozinha caseira baseada no conceito slow-food, tudo cozinhado na hora com produtos locais. Além disso, tem um espaço aberto onde pode relaxar e um espaço para aulas de yoga. Se gostar de desportos de água, ao lado existe uma casa onde poderá alugar kayaks para conhecer o lago de outra forma.
Jaibalito
Caminhando pelas colinas (30 minutos) poderá visitar Jaibalito. Nesta povoação procure a Posada Jaibalito, mais conhecido por restaurante do Hanz,. Um restaurante simples com comida tradicional da guatemala. Quando cheguei à aldeia, encontrei Henry, um senhor alto de barbas comprimidas, europeu. Ele aproximou-se questionou-me para onde ia. Eu perguntei-lhe: “Estou à procura do Hanz. Por acaso não é o Hanz?” – a descrição de Hanz era muito semelhante à de Henry. Diz-me ele: “Não. Hoje não trago vestida mas tenho uma t-shirt a dizer ‘Eu não sou o Hanz’” Bem, dali me convidou a tomar café e juntei-me a vários amigos no restaurante do Hanz. Uma mesa de 8 pessoas, todas vindas dos vários cantos do mundo e que passavam ali umas longas temporadas. Jaibalito tem esta mística, um local pequeno com gente acolhedora.
O Club Ven Aca é outro dos locais recomendados para Jaibalito. Um bar/restaurante com boas refeições e coktails, onde poderá usufruir da piscina.
San Juán
À saída da lancha uma longa avenida de produtos locais. A povoação é pequena e as lojas estão bem arranjadas. Telas de artistas locais, produtos de beleza produzidos por jovens, têxteis (toalhas de mesa, camisas, carteiras e outros acessórios de moda) trabalhados por homens e mulheres e café de pequenos produtores locais. Várias associações locais juntam os produtores locais de forma a que todos consigam ter um bom proveito e a comunidade ter um ganho conjunto. Na associação local de artistas encontro Diego. Mostra-me as telas dos artistas locais e mostra-me o seu próprio trabalho. Dedicou-se à pintura detalhada do milho e explica-me o significado das 4 cores representadas na tela. A tela pode ter significados diferentes, na cultura maia o amarelo é a pele, o branco os ossos, o vermelho o sangue e o azul a cor dos cabelos e da mente (o Homem). As cores podem também ser a representação dos povos do mundo ou os quatro pontos cardinais. Esta tela é vista em pontos locais e o milho é um símbolo de prosperidade.
Ainda em Suan Juán passe pela associação La Paz para ver a produção de café, onde pode fazer uma visita guiada pelos campos e pelos diferentes processos de produção de café.
E de San Juán siga para San Pedro apanhando um tuk-tuk ou caminhando por 20 minutos.
San Pedro
San Pedro é o local de concentração dos mochileiros. É o ponto onde todos se reúnem e daí que se encontre vários hostéis, restaurantes e bares. É um ponto de saída de barcos para várias povoações, assim como é um ponto onde poderá realizar várias actividades desportivas: trekings, passeios a cavalo, kayaks e aulas de yoga. Se quiser conhecer melhor a vida local tem de subir um pouco mais e optar por um alojamento local em casas familiares. Por aqui há muitos jovens a ter aulas de espanhol onde ficam alojados em casas familiares. É sempre uma boa opção para conhecer melhor a cultura guatemalteca.
San Marcos
San Marcos é simplesmente diferente de todas as outras. Com a chegada de hippies na década 70 fez com que este local adquirisse um ambiente completamente zen. À saída do barco entra-se por uma rua afunilada com pinturas muito coloridas que apresentam os princípios que se vivem por estas ruas. Os jardins bem arranjados e com mensagens aperitivas à sua proteção. Quase todas as portas são centros espirituais, locais de massagens ou yoga. Vive-se noutra dimensão e mesmo que não passe por nenhuma destas experiências sai de lá com uma aura mais luminosa.
Comer no restaurante do Michael, um jovem americano que acabou de abrir um pequeno restaurante na principal rua de San Marcos, que convida a comer um prato rico de cultura guatemalteca com um toque especial de cozinha internacional.
Ou então, o tão aconselhado restaurante Fé que tem pratos e sobremesas deliciosos. É muito conhecido pelos brownies e as bolachas com pepitas de chocolate. Sendo o cacau um produto local o sabor do chocolate por aqui é autêntico.
Panajachel
Pana como lhe chamam é o ponto de entrada no lago Atitlán. Portanto muitos hotéis, restaurantes e lojas de produtos locais. Por ali há muita festa. E é a festa que chama multidões. Por isso poderá encontrar vários hotéis de luxo, hósteis, restaurantes tradicionais e de cozinha internacional. Um bom conselho para Panajachel é visitar o museu Lacustre, onde poderá conhecer melhor a história do lago.
Todas as outras povoações serão locais de refúgio, para descansar, mergulhar e ouvir os pássaros nas bordas do lago.
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[…] é o local mais místico da Guatemala. À volta do lago as tradições mantêm-se e vale a pena visitar todas as povoações […]