Diários - Guatemala

O outro lado da Guatemala!

Abril 10, 2016

Viajar pela Guatemala é inevitavelmente uma viagem holoística. As raízes da cultura maia, a energia que advém dos vulcões e todas matérias primas que a terra proporciona levam que as povoações e os estrangeiros encontrem uma experiência transcendente. Mesmo que não tenha procurado as histórias, elas vieram ter comigo. 

Mihnea vai a caminho de San Marcos, é a segunda vez que ali regressa para se encontrar com Keith, o famosíssimo terapeuta que utiliza o cacau numa cerimónia grupal que realiza todos os domingos, segundas e quartas em São Marcos. Explica-me que o cacau tem dezenas de propriedades benéficas para a saúde quando consumido a 100%. Keith oferece uma bebida de cacau que proporciona uma alteração física pela activação da actividade cerebral. Este é apenas o meio para abrir a oportunidade para a conversa fluir no sentido do conhecimento pessoal. A experiência é reportada por todos como transcendente. Mihnea volta ali para colaborar com Keith no seu trabalho com os indígenas. A passagem por San Marcos de certo que será uma passagem a outro estado espiritual. San Marcos é o local mais espiritual que existe no lago mas as experiências estão por todo o lado.

Nos barcos que saem de Panajachel, quase sempre há alguém que me dirige a palavra. Naquele dia foi Carlton. Um senhor de aparentemente 45 anos que carrega uns utensílios de trabalho e que de repente, sem me recordar como, a conversa já estava longa. Eu e uma jovem inglesa que terminava um retiro espiritual em Santiago de la Laguna, ouvimos a sua paixão pela cultura maia e como a energia existia no mais pequeno povo que vive no lago. A actividade dos vulcões e a cultura maia são algo de transcendente e a meditação transformou o seu olhar sobre a vida e o mundo. Carlton é autor de alguns livros sobre meditação, traduzidos em todo o mundo. Vive em Jaibalito e naquele dia estava a preparar uma cerimónia para a noite de lua cheia com cogumelos. Acreditando ou não em toda a energia que está presente no lago, naquela noite os cães não deixaram de uivar como se fossem lobos e a noite esteve iluminada como nunca tinha visto.

Suzanne é canadiana e conhece a Guatemala muito bem. Regressou a Santa Cruz com mais um grupo de mulheres em viagem pela guatemala onde conheciam a cultura maia e onde praticavam yoga. Naquele dia de passagem pelo lago, todas assistiram a uma cerimónia de fogo com a shaman Maria e pela manhã fizeram yoga com o nascer do sol. Despedia-se de mim dizendo: “Quando venho com um grupo à guatemala digo-lhes sempre que a viagem é uma grande transformação pessoal. E a verdade é que nunca me enganei. A Guatemala é muito especial.”

lagoatitlan

É impossível negar a energia que os lugares e as pessoas nos oferecem. Os círculos de luz com todas as cores existem. E a prova disso é que ao final da viagem todos saem da guatemala com outro estado de espírito, prontos de novo para a “selva” que o mundo às vezes pode ser.

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