A cidade velha é um museu vivo. As ruas com os seus edifícios velhos de cores plácidas remontam para um tempo gasto e cansado. Na calçada o pó levanta e os buracos mostram a realidade crua de um país imperfeito. Os cubanos rodopiam no café da esquina como as notas se ordenam na pauta musical, uma melodia perfeita nos pés. Outros sentados na porta de casa contando o tempo passar. Há quem siga a ritmo brando para o trabalho lhes faz suar muito e ganhar pouco. Há pedintes, mães que pedem leite para as suas crianças. Há loucos, gente que vagueia na rua entoando frases sem nexo, gente que me dirige palavras sem sentido e que pedem para lhes fotografar. Exibem no rosto um sorriso pacífico ou uma alegria exuberante. As suas sobrancelhas não são descaídas, os cantos dos lábios não são curvas tristes, os rasgos dos olhos são expressivos e a idade não se vislumbra na pele. Estes são os rostos de Cuba.
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